RUÍDO ROSA surge do desejo de desierarquizar a relação entre ver-dizer-escutar, para abrir narrativas e mitologias a partir da imaginação oral. Propõe uma experiência coreográfica que se baseia na escuta como forma de conhecimento, onde os sentidos não são binários e as forças circulam entre cavidades, orifícios, recipientes, tubos, àguas, diluindo os limites entre dentro e fora, transitando por diferentes formas de dissociação e ressonância entre linguagem, voz e gesto.
A peça posiciona-se sobre a questão da escuta profunda, não só das propriedades sensoriais do som da voz, da respiração e das palavras, mas também das sensibilidades lésbicas e cuir, como uma preocupação com formas de pesquisa e criação que questionam as metodologias normativas de criação.