Subterrâneo é um estudo sobre o conto Fragment d’histoire future, de Gabriel Tarde, sobre uma civilização que se refugia de um apocalipse climático no interior da terra, contrastando-o com a história da espeleologia e bio-espeleologia da Serra d’Aire. O futuro utópico de Tarde é o de uma humanidade solitária, que na extinção de todas as outras formas de vida encontra o espaço para a construção de uma sociedade lúdica. As grutas da Serra d’Aire são profusamente habitadas por seres minúsculos, uma vitalidade sobre a qual o conhecimento avança no mesmo ritmo em que os seus ambientes são postos em risco. São também testemunhas dos principais conflitos que atravessaram a região, servindo como esconderijo e cofre para as populações em tempo de guerra, para guardar armas em tempos revolucionários.
Instalação
15 out. 21h30 — 24h • 16 — 17 out. 15h — 20h
Recital de Abertura — 15 out. 21h30 • Entrada livre sujeita a reserva
Coro | Charales Chorus • Direcção | Maestro João Carlos Gameiro
Subterrâneo
Bruno Caracol
Bruno Caracol (1980). Estudou Artes Plásticas na FBAUL e Ciências da Comunicação na FCSH-NOVA. Em 2020 produziu a instalação “quando a matilha cerca o fogo” para o Rural Vivo Gerês, em 2019 foi residente no Lugar a Dudas, em Cali, e em Can Serrat, Barcelona. Em 2018 participou do Linha de Fuga, em Coimbra, do Shocklab, em Loulé, da Floating University, em Berlim, e do festival A_Salto, em Elvas. Em 2017 completou um mestrado em Ciências da Comunicação na FCSH-NOVA, em torno da construção moderna da ideia de “natureza selvagem”; Entre 2009 e 2011 colaborou com a residência Capacete, no Rio de Janeiro. Durante esse período, participou no programa de exposições do CCSP, em São Paulo, e com Maria Moreira e Marcelo Wasem organizou um ciclo sobre colectivos de artistas no Rio de Janeiro, “Jogos de Escuta”.
Entrevista — Bruno Caracol 
criação Bruno Caracol
leituras por Boca de Cena
Tradução para Minderico Maria Alzira Roque Gameiro
Apoio arranjo coral António Lourenço Menezes
Apoio espeleológico Ricardo Nogueira
Projecto apoiado pela DGArtes, Centro Ciência Viva do Alviela, Junta de Freguesia de Monsanto, Museu Décio Thadeu, Centro de Interpretação do Algar do Pena, Oficinas do Convento, Roquelã e Fábrica de Malhas Esmeralda
Pesquisa prévia em Can Serrat, Barcelona e Lugar a Dudas, Cali (apoio Fundação Gulbenkian)
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Intérpretes Charales Chorus Márcia Cristina de Jesus Leal, Maria Graciete Almeida Patita Café, Maria da Piedade Ferreira Inácio, Maria Fátima Silva Trindade Pereira, Maria Ascenção Morgado Almeida, Mara Rute Feliciano Santos, Perpétua R. S. Nogueira, Zita Ferreira Gonçalves, Rita Ribeiro de Carvalho Pereira Anastácio, João Carlos Chavinha Roque Gameiro, António José Crachat Carvalho, Cândido Manuel Silva Marques, Tiago Gameiro Faria, Maria Dulce Sacramento Reis, Odélia Santos Capaz de Almeida, Susana Santos Capaz Gomes de Almeida, João Pedro Sousa Morgado, Francisco Silva, Isabel Maria Gomes Almeida, Mário Pedro, Paulo Bento Baeta Condessa, Sílvia Reis Pereira Morais e João Paulo Querido Capaz